HomePortugueseA Importáncia da Tecnologia de Pulverização na Aplicação Aérea

A Importáncia da Tecnologia de Pulverização na Aplicação Aérea

A aviação agrícola tem passado por grandes transformações em seus aspectos operacionais com a introdução de aeronaves mais rápidas e de maior capacidade de carga e de equipamentos eletrônicos de última geração para auxílio dos pilotos e gerenciamento das operações, o que vem aumentando a sua utilização na maioria dos países que têm, na agricultura, sua grande fonte de divisas. No Brasil isso também ocorre, visto que temos a segunda maior frota de aeronaves agrícolas do mundo. As extensas áreas agriculturáveis do país vêm sendo servidas pelas inúmeras empresas aero agrícolas, num cenário que tende a ser aumentado cada vez mais.

Entre as várias atividades da aviação agrícola, uma das mais importantes é a aplicação de defensivos agrícolas na forma líquida, fazendo que a técnica de pulverização seja um dos assuntos mais importantes a serem constantemente atualizadas no sentido de que se tenha perfeito controle de todos os fatores envolvidos para se ter o máximo de produto no alvo e evitar as possíveis consequências negativas, pincipalmente da deriva para áreas vizinhas e para o meio ambiente. Essa é uma preocupação geral das entidades técnicas relacionadas com a aplicação de defensivos, seja por aplicação terrestre ou aérea. Avaliações dos bicos de pulverização são normalmente feitas por seus fabricantes, com a finalidade de informar aos usuários das características de desempenho de seus diferentes produtos, que permitem classificar as pulverizações produzidas de acordo com normas técnicas internacionais.

Para os bicos utilizados em aplicações aéreas, além do tipo, vazão e pressão de trabalho, há ainda o fator do ar agindo na pulverização produzida, em função da velocidade de voo da aeronave e do ângulo de incidência do jato em relação ao vento relativo. Para que essa simulação seja representativa da realidade das aplicações aéreas, os laboratórios têm que ser dotados de tuneis de vento que atendam todas as possíveis realidades das aplicações. Um dos mais conceituados desses laboratórios é o da AAT (Aerial Application Technology Research Unit) do Serviço de Pesquisa Agrícola (Agricultural Research Service) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América (U.S. Department of Agriculture), que possui um túnel de vento que produz uma velocidade de ar até 180 mph, para atender às operações com as modernas aeronaves dotadas de turbina.

Há vários anos, o USDA-ARS-ATT vem disponibilizando material técnico para a previsão do desempenho dos bicos de pulverização aérea, sendo que a última atualização foi feita em meados de 2017 com a publicação de quatro planilhas. Este autor solicitou aos responsáveis pelos trabalhos do USDA-ARS-AAT, Drs. Clint Hoffmann e Brad Fritz, a autorização para a versão dessas planilhas para as unidades de medida utilizadas no Brasil (como já havia feito com as planilhas anteriores), para facilitar o uso aos operadores brasileiros. Essas planilhas fornecem os dados técnicos das pulverizações resultantes das operações simuladas, mostrando os detalhes que permitem a definição segundo o critério da Classificação do Espectro de Gotas (CEG) de acordo com a Norma ASABE S572-1 (ver figura 1). Em todas as planilhas, os dados a serem escolhidos e/ou introduzidos devem ser aplicados nos campos em azul. As planilhas disponibilizadas pelo USDA-ARS-ATT são as seguintes:

Planilha 1 – Geral: Para uma determinada situação de aplicação definida pelos valores de velocidade: BAIXA (de 50 a 120 mph) ou ALTA (de 120 a 180 mph), Taxa de Aplicação (l/ha), Largura da Faixa de Aplicação (m), quantidade de bicos existentes na barra e a Categoria do Espectro de Gotas desejado, a planilha informa todos os tipos de bicos disponíveis para atender a aplicação desejada, com os respectivos números de ponta, ângulo de inclinação do jato em relação ao vento relativo, a pressão de trabalho, os valores (em μm) dos pontos DV0,1, DV0,5 e DV0,9 da curva de volume acumulativo dessa pulverização, a Amplitude Relativa e a porcentagem de volume de líquido pulverizado em gotas menores que 100 μm. A Planilha 1 – Geral é mostrada na íntegra na Figura 2.

Planilha 2 – Geral: Essa planilha é semelhante à Planilha 1 – Geral, com a diferença de valores de entrada (ver a Figura 7). Nessa planilha, aparece como valores solicitados, a pressão de pulverização (em PSI) e número mínimo e máximo de bicos aceitáveis na barra de pulverização. O primeiro resultado que aparece, na faixa amarela, é a vazão total da barra, em l/min. Na parte inferior da planilha aparecerão os bicos disponíveis com o tipo, tamanho do orifício, ângulo em relação ao vento relativo, a vazão do bico e os dados referentes à Categoria do Espectro de Gotas A Planilha 2 – Geral é mostrada na íntegra na Figura 3.

Planilha 3 – Para um determinado tipo de bico: operações na Faixa de Baixa Velocidade. Essa planilha é para verificar a Categoria do Espectro de Gota produzida por um determinado bico escolhido entre os disponíveis, para operação na faixa de baixa velocidade (de 50 a 120 mph). A Planilha 3 – Geral é mostrada na íntegra na Figura 4.

Planilha 4 – Para um determinado tipo de bico: operações na Faixa de Alta Velocidade.

Essa planilha é para verificar a Categoria do Espectro de Gota produzida por um determinado bico escolhido entre os disponíveis, para operação na faixa de alta velocidade (de 120 a 180 mph). Após a escolha dos dados de operação, os resultados aparecerão na parte inferior da planilha, como pode ser visto na figura 5.

Essas planilhas em Excel, bem como um texto mais completo sobre as mesmas, podem ser acessados através do site do SINDAG (www.sindag.org.br) ou solicitados para este autor, através do e-mail jocartti@uol.com.br.


INFORMAÇÕES A RESPEITO DAS ILUSTRAÇÕES PARA A PUBLICAÇÃO:
Sobre a figura 1:

Pode ser usada a ilustração abaixo, com a respectiva numeração e texto:

Figura 1 – Tabela com os resultados de Espectro de Gotas de uma pulverização simulada por uma das planilhas do USDA-ARS.


As figuras de 2 a 5 podem ser reproduzidas das faces mostradas nos modelos de cada uma das planilhas em Excel, conforme sejam mais apropriadas para a respectiva ilustração do texto
Fica a critério da revista a publicação de todas as figuras citadas no texto, sendo que a de número 1 e 2 são consideradas essenciais.


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